COTRIPRI na VII CTr

A infância como centro para a inclusão social na VII Conferência Regional de Cooperação Trilateral

Atualizado em: Quarta, 11 Setembro 2024 10:46. Acessos: 216.

O projeto “Intercâmbio de experiências para o fortalecimento do trabalho com cuidadores para o desenvolvimento de crianças de 0 a 3 anos” entre Paraguai, Brasil e Alemanha foi uma das experiências apresentadas na sessão 3 “Estratégias concretas para fortalecer a igualdade de gênero e a inclusão social como objetivo principal e/ou transversal na cooperação trilateral”, da VII Conferência Regional de Cooperação Trilateral, realizada em Salvador, Bahia, de 23 a 25 de maio de 2024.

A sessão 3 teve como objetivo discutir estratégias concretas e experiências práticas para integrar efetivamente a igualdade de gênero e a inclusão social nos projetos de Cooperação Trilateral; e contou com a moderação de Alice Guimarães, da GIZ, com a participação de Bernarda Caso, diretora de Política de Atenção Integral à Primeira Infância do Ministério da Infância e Adolescência, e Mayra Calderón, Analista Sênior Administrativa e Financeira de Produtos e Programas do Banco de Desenvolvimento.

Bernarda Caso apresentou a experiência de intercâmbio de boas práticas para o cuidado da primeira infância e destacou: se quisermos superar as desigualdades, temos que dar o melhor de nós, melhorando a qualidade da chegada às famílias; além disso, ressaltou a inter-relação entre os objetivos do projeto e os objetivos de desenvolvimento, “as mulheres podem ter um espaço seguro para o cuidado de seus filhos e a oportunidade de entrar no mercado de trabalho”.

A igualdade de gênero e a inclusão social são componentes essenciais para promover um desenvolvimento equitativo e sustentável na América Latina e no Caribe. No entanto, integrar efetivamente essas perspectivas requer estratégias concretas e experiências práticas que possam orientar futuras iniciativas; para isso, além do painel presencial, foi realizado um debate virtual com participantes do Paraguai, Brasil, Chile, Equador, México; com a moderação de Maria José Galeano da GIZ e a relatoria de Muriel Obon do Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul.

Entre as estratégias concretas para a inclusão social, os participantes destacaram as seguintes:

  • A abordagem intersetorial e o olhar para as interseccionalidades são pontos centrais para reduzir as desigualdades.
  • O diagnóstico é necessário para visualizar as diferentes vulnerabilidades e, com base nisso, criar indicadores e ações para dar uma resposta oportuna às necessidades da comunidade. Para garantir que os grupos mais vulneráveis estejam melhor representados nos projetos de Cooperação Trilateral , é preciso melhorar a coesão social.

É importante considerar que a construção de processos tem, implicitamente, o fator tempo como um pilar fundamental, juntamente com o respeito às etapas, para garantir a sustentabilidade dos projetos ao longo do tempo.